quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

MULHER MADURA

Para começo de conversa, quem gosta de gatinha é gato, assim como quem curte ratinha é rato.Homem que é homem e respeita as calças que veste gosta é de mulher, de preferência madura, cheia de disposição e amor para dar. Infelizmente, graças a um trabalho insidioso e nefasto sob todos os aspectos, indivíduos inescrupulosos estão tentando - com certo êxito, reconheça-se, impor garotinhas e ninfetinhas como símbolos sexuais de todos os brasileiros. Magrinhas, despenteadas, até meio chegadas a uma androginia, essas menininhas - certamente menores de 18 anos - invadiram um espaço que, antes, era gloriosamente valorizado por verdadeiras mulheres, gostosas, sensuais e bem nutridas. Lamentavelmente, essa é a verdade e poucos são os jornalistas e escritores que têm a coragem de denunciar a hedionda inversão de valores.A rigor, gatinhas e ninfetas não resistem a mais reles das investigações. Elas são sensuais? Não. Muitas, tão subalimentadas, se assemelham a travestis. São cultas? Absolutamente não. Mal conseguem formar uma frase com sujeito, verbo e predicado. Sabem fazer amor? Acham que sabem. O mais das vezes não passam de objeto de consumo, desconhecendo, inclusive, as próprias zonas erógenas. São pessoas afáveis? Raramente. O puxa-saquismo em torno delas as transformou em garotas mascaradas e pentelhas que se consideram donas do mundo. Por que, então, tanto sucesso nas mídias impressas e eletrônicas? Mistério. Parece que adeptos de taras exógenas, pregadas por um certo Vladimir Nabokov na década de 50, vicejaram em terras brasileiras. Em primeira instância, é a tese defendida por investigadores e experts no assunto.Mas, além das mulheres maduras remetidas ao limbo do esquecimento e da solidão -, quem mais sai prejudicado nessa história toda? A pergunta, por sinal pertinente, merece imediata resposta. Os maiores lesados com a onda de ninfetinhas - parece nome de inseto, são os verdadeiros homens. Esses, coitados, vão de mal a pior. É possível que, a essa altura do campeonato, de tão massacrados já nem sejam capazes de identificar uma fêmea com F maiúsculo. Se não houver um movimento de protesto, um movimento sério, com direito a passeata - esses travestizinhos vão tomar conta de tudo e, tal como na novela da televisão, não sobrará pedra sobre pedra. E o Brasil do futuro, dominado por adeptos de Nabpkov, será um Brasil povoado por ninfetas andróides, assim como a loura que tentou matar Harrison Ford em Blade Runner.De repente, os adeptos e admiradores do romancista tarado Vladimir Nabokov tomaram conta da mídia nacional. Frustrados e incompletos por não encontrarem sua Lolita - diga-se de passagem uma menininha impúbere, sujinha e meio debilóide - arrebataram jornais, revistas e televisões, inundando páginas e anúncios com gatinhas e ninfetinhas descabeladas e de umbiguinhos de fora. A rigor, à exceção de raríssimos comerciais de carros de luxo, as mulheres maduras, belas modelos, charmosas e sensuais, foram literalmente banidas das fotos e do vídeo. Atordoados e embasbacados pelas jovenzinhas de corpos bronzeados, os nabokovianos doentios nem sequer se incomodam de cometer grosseiros erros de marketíng. E assim escalam ninfetinhas para vender caríssimos imóveis, como se tivessem grana para posar de donas-de-casa sem um baita coronel por baixo dos panos.Torturados pelo desejo, esses faunos de quarto-e-sala quase chegam ao orgasmo quando conjugam o verbo desvirginar. Muitos deles - talvez a maioria - jamais tenham tido a oportunidade de ir para a cama com uma garota virgem. Pior do que isso: é bem possível que nunca experimentem esse gostinho meio anormal. No fundo, Freud confirma isso, os nabokovianos acreditam que o sexo é um ato de mão única, em que a parceira não é levada em conta. E só as inexperientes e idiotas ninfetinhas - coitadinhas - se submetem a esses caprichos neuróticos e, evidentemente, ficam a ver navios, convencidas de que seus sexos não passam de depósitos de esperma. Diante desse clima, haja gatinha para tanto tarado. E para elas, o hímen perfurado de hoje é o sucesso de amanhã e o ostracismo do fim do mês, justamente quando a conta da butique tem de ser paga.A mulher madura e realizada - e esta é mais uma de suas vantagens sobre as menininhas de hoje - não topa essa parada. Ela sabe que o sexo é uma via de mão dupla, pois dá e quer receber em troca. E o macho que insistir no jogo individual vai se dar mal, correndo o sério risco de ser substituído a qualquer momento pelo Ricardão. E é justamente nesse jogo do amor, em que o empenho coletivo é fundamental, que está o segredo de possuir uma mulher mais rodada no bom sentido, naturalmente. Quanto mais não seja porque as ninfetinhas são cheias de não-me-toques, papai-não-deixa, mamãe-não-quer. Ao contrário, a mulher madura que se preze está careca de saber que entre quatro paredes vale tudo - até gol com a mão, nos descontos, com o atacante em total e completo impedimento.Inteiramente desprovidas de Iampejos intelectuais, gatinhas e ninfetas - com raríssimas e honrosíssimas exceções - passam horas diante do espelho exercitando caras e bocas e treinando posições grotescas que lhes parecem sensuais. O velho e bom Narciso, se vivo fosse, morreria de vergonha à simples verificação de tamanha babaquice praticada por suas seguidoras brasileiras. Nuas, admirando-se como se fossem superdotadas, arrebitam as nádegas, encolhem as barriguinhas cheias de Coca-Cola e se esforçam por manter empinados os peitinhos que mal começaram a apontar. Nesse momento de admiração própria, cumprido como um ritual, dia após dia, semana após semana, mês após mês, nada lhes passa pela cabeça a não ser pentes e escovas, utensílios indispensáveis para todas que se julgam ninfetinhas de carteira assinada e direito a FGTS.O comportamento da mulher madura é diametralmente oposto. Absolutamente consciente de seus atributos - e mesmo de suas falhas e defeitos - ela não gosta de perder tempo com esse exibicionismo particular e imbecil. Matreira, muitas vezes ardilosa, vale-se do espelho como um aliado para obter o melhor efeito entre o corpo e a roupa, penteado e adereços. Seus milhares de quilômetros rodados pelas estradas e leitos da vida lhe dão a certeza do vestido mais sensual, do jeans mais adequado ou da saia mais ou menos curta. Se estiver em forma, ótimo. Tudo lhe cairá muitíssimo bem. Se não estiver, não há por que se lamentar: as horas de vôo e a experiência conquistada através de tantas batalhas lhe indicarão o caminho a tomar.Gatinhas e ninfetas, com o perdão da má palavra, costumam descambar para o perigoso terreno da cafonice. Adoradoras de etiquetas - qualquer uma serve, desde que seja falada - são capazes de calçar tênis horrorosos e imundos e de surgirem mal vestidas nas horas mais impróprias e inusitadas. Na verdade, todo esse mau gosto que as conduz pelas barras da tijuca e discotecas tem uma explicação: não são dotadas de consciente individual. Assim, se a Patricinha, que tem um lombinho bonitinho, pode usar uma bermuda de cotton, a Renatinha, que é reta como uma tábua, também se acha no direito de vestir uma igual, com um resultado lamentável sob todos os aspectos. E a Marianinha, que é possuidora de um lombão descomunal, vai acabar pagando um tremendo mico onde tenha a coragem de aparecer exibindo a moda que toda ninfetinha cisma de usar.Não é necessário ser um gênio da observação para perceber que as garotinhas, além de narcisistas, são exibicionistas. Todas as caras e bocas que treinaram em casa, forçando lordoses e eriçando os peitinhos, são cientificamente repetidas nas praias, piscinas ou onde quer que possam exibir seus biquínis. Mas ai de quem se aproximar ou tentar a abordagem. Dotadas de um palavreado curto mas incisivo, elas são capazes de xingar os mais medonhos nomes, alguns sequer incluídos no dicionário do bom e velho Aurélio. No íntimo, sabem que estão atiçando o fogo de seus admiradores (entre eles a laboriosa classe dos paus-de-arara de obras) mas têm pavor do incêndio, pois se consideram intocáveis.Categóricas, como carros de luxo fabricados pela Mercedes-Benz, AIfa-Romeo ou Rolls-Royce, as mulheres maduras - tão discriminadas pela mídia - passeiam suas exuberâncias para gáudio (gaúdio é uma boa palavra pois tem classe) dos transeuntes. Os mais entusiasmados, e ainda há muitos deles por aí, chegam a ficar abestalhados. E se passadeiras tivessem, as estenderiam para que esses belíssimos exemplares do sexo frágil não pisassem calçadas tão inapropriadas. Não será exagero dizer que mulheres assim não andam, pois flutuam; e nem falam, pois sussurram. A diferença entre essas duas espécies de fêmeas - as ninfetas são mulheres não se esqueçam - é tão grande quanto a que separa um cavalo de raça de um pangaré de charrete, daqueles bem abatidos pelas intempéries da vida. Mas ninguém mexe com elas pois significam a fina flor da criação.Por que, hão de perguntar curiosos e desavisados, essa diferença tão grande? As mulheres maduras não são exibicionistas? O questionamento é válido e cabível. Mas as respostas são simples. A mulher madura sabe exatamente seu poder de fogo ou, por assim dizer, com quantas balas pode contar em sua cartucheira. Por isso, só por isso, é segura de si e não precisa sair dando tiros para mostrar que está armada. As ninfetinhas, que me perdoem. Os nabokovianos, se comportam como bandidos do faroeste norte-americano. Como gostam de aparecer, saem dando tiros para o alto, esfregando coxas, peitos e bundas na cara dos outros. Dão mesmo a impressão de que vão às ruas para criar confusão, embora não se garantam e gritem por papai ou mamãe assim que as coisas ficam feias.

As Baleias



Não é possível que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor nesse momento
Não é possível que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que você deixou manchadas
Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão
O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e a fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão
Como é possível que você tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro
Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor
Não é possível que você suporte a barra
As baleias
( de Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

domingo, 9 de dezembro de 2007

Mulher de 40

Amor não se implora, não se pede não se espera... Amor se vive ou não. Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você. Animais são anjos disfarçados, mandados à Terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade. Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz. As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros. Perdoar e esquecer nos torna mais jovens. Água é um santo remédio. Deus inventou o choro para o homem não explodir. Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso. Não existe comida ruim, existe comida mal temperada. A criatividade caminha junto com a falta de grana. Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar. Amigos de verdade nunca te abandonam. O carinho é a melhor arma contra o ódio. As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida. Há poesia em toda a criação divina. Deus é o maior poeta de todos os tempos. A música é a sobremesa da vida. Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente. Filhos são presentes raros. De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações. Obrigado, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor. O amor... Ah, o amor... O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças... Não há vida decente sem amor! E é certo, quem ama, é muito amado. E vive a vida mais alegremente... Aprendi que não posso exigir o amor. De ninguém. Posso dar, apenas, boas razões para que gostem de mim e ter a paciência para que a vida faça o resto...

domingo, 2 de dezembro de 2007

Deus está no controle


Na verdade, DEUS está muito mais disposto a dar do que nós estamos a receber.Um Pai amoroso quer as nossas orações respondidas. Ele quer que os nossos sonhos (que são realmente os sonhos Dele para nós)sejam realizados. Ele não tem nenhuma outra forma para expressar a Si mesmodo que através da Sua própria imagem e semelhança--o homem.O problema não é que DEUS não quer dar ao homem grandes benefícios. O problema é que o homem não sabe como os receber.Orar é o elo perdido.Através da oração o homem abre a sua consciência para receber a completude das bênçãos de DEUS. Orar é receberOs antigos conheciam o segredo: DEUS está dentro de nós. No sânscrito original a palavra "oração"era "pal-al"que significava "julga-te como um feito maravilhoso".Essa frase era como o reconhecimento de sí mesmo como sendo uma expressão maravilhosa de DEUS, e então comungando com esta natureza interna.
Trecho tirado do livro: As leis dinãmicas da Oração.
Catherine Ponder.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Credo


Creio no valor supremo do indivíduo e no seu dIreito à vida,à liberdade e à procura da felicidade. Creio que à cada direito corresponde uma responsabilidade; à cada oportunidade,uma obrigação; à cada possessão, um dever.Creio que a lei foi feita para o homem e não o homem para a lei, que o governo é o servidor do povo e não seu dono. Creio na dignidade do trabalho - seja ele feito com as mãos ou com a cabeça - que o mundo não deve uma subsistência a ninguém, mas deve assegurar a cada um a possibilidade de ganhar o seu sustento.

METADE


sábado, 17 de novembro de 2007

Entusiasme-se com o entusiasmo



Entusiasme-se com o entusiasmo!Entusiasmo é diferente de otimismo.Otimismo significa acreditar que alguma coisa vai dar certo, até torcer para que dê certo. Mas... muitos confundem otimismo com entusiasmo.A pessoa entusiasmada acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo, acredita em si mesmo e nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade. A melhor maneira de ser entusiasmado é agir entusiasticamente. Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois nunca teremos razões para isso.Existem pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, para depois se entusiasmarem. Não sabem que o entusiasmo permanente é que traz a nova visão da vida. Você não sabe como dar os primeiros passos? É fácil! - Domine o comodismo; - Faça uma relação das coisas que você precisa vencer; - Acredite que viver é constantemente começar; - Organize as idéias na cabeça, para administrar bem o seu tempo; - Preste atenção (no instante presente); - Aprenda com os insucessos; - Forme um grupo, tenha amigos, discuta seus pontos de vista; - Procure inovar (ter visão criativa); - Evite copiar; - Arrisque, para conseguir algo novo; - Seja entusiasmado com a vida, agindo entusiasticamente; - Acredite na sua capacidade de transformar a realidade; - Não espere saber tudo para agir. A própria ação desenvolve o saber; - Passe do plano das lamentações para o plano da ação. - Não espere a oportunidade chegar, vá atrás!Os gregos diziam que a oportunidade tem cabelo só na frente e é careca atrás. Quem não pegar pela frente nunca mais pegará. Viva!!! Seja ousado! Liberte seu potencial. Acredite em você! O mundo pertence aos ousados.Lembre-se: não é o sucesso que traz o entusiasmo... é o entusiasmo que traz o sucesso.


(Sonia Jordão)

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Quero voltar a confiar


Fui criado com princípios morais comuns:quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração.Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto.inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades...Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade...Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror...Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos.Por tudo o que meus netos um dia enfrentarãopelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos.Não levar vantagem em tudo significa ser idiota.Pagar dívidas em dia é ser tonto.../Anistia para corruptos e sonegadores...O que aconteceu conosco?Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas.Que valores são esses?automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano.Celulares nas mochilas de crianças.o que vais querer em troca de um abraço?a diversão vale mais que um diploma.mais vale uma maquiagem que um sorvete. mais vale parecer do que ser...Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores!Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! quero a honestidade como motivo de orgulho.quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.Quero a vergonha na cara e a solidariedade. quero a esperança, a alegria, a confiança!abaixo o "ter", viva o "ser"e viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã!e definitivamente bela, como cada amanhecer.quero ter de volta o meu mundo simples e comum.onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. vamos voltar a ser "gente" a indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito... construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas.Utopia? quem sabe?...precisamos tentar...nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!
(Icami Tiba)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Para quem está sofrendo de amor...


Somos, pela maneira de perceber o mundo, seres incompletos.Vivemos buscando desesperadamente a nossa "metade".Às vezes pensamos ter encontrado e o nosso primeiro desejo é ficar até que a morte separe.No início da relação com a nossa "outra metade", ali do lado, nos sentimos completos e felizes.Mas muitas vezes, ele resolve ir embora e lá estamos nós partidos, fragmentados, chorando e cantando como o poeta: "ó pedaço de mim, ó metade arrancada de mim...Depois de alguns episódios de fracassos ficamos com a impressão de que algo está errado.Começamos, então, a procurar um relacionamento que não nos deixe tão perdidos ao acabar, porque descobrimos, já não tão surpresos, que sim... Os relacionamentos acabam!!!É quando percebemos como é difícil conseguir uma relação rica e criativa, inteira, sem dependência.Aí vem a pergunta: o que os homens procuram nas mulheres e as mulheres procuram nos homens?Quantas pessoas não se queixam que o casamento não deu certo, que o namoro não deu certo...Contam que, apesar de terem se dedicado tanto ao outro, de terem amado, cuidado e convivido, de repente a outra pessoa simplesmente deixou de amar. E se queixam dizendo: "ah, eu investi tanto nessa relação!"É isso que fazemos.Investimos nas relações. Investimos como se fosse um negócio.Agimos como quando colocamos o dinheiro na poupança e esperamos que os juros aumentem para que o investimento cresça!Damos amor, fidelidade, sexo, companheirismo, cumplicidade e, quando o retorno não vem é o caos! O investimento não teve retorno!Ora, nos negócios existe o risco.Pode dar certo ou não.E quando não dá não adianta culpar o mercado ou o corretor.Trata-se apenas de juntar o que sobrou e reinvestir novamente em outras condições, ou sair à francesa, retirar-se do mercado por um tempo, pra evitar maiores prejuízos!O amor, entretanto, não é um mercado.Amamos para amar ou para ser amados?Para as duas coisas, você diria...Mas, na verdade, a gente só pode se responsabilizar pelo nosso sentimento, nunca o do outro. Mas, já que amamos e estamos sempre procurando um jeito de misturar a nossa vida com a de alguém... O que se diz nesse momento é: siga em frente e seja feliz.Nunca um adeus dolorido vai ser pior do que um ficar por ficar!

(Clotilde Tavares)



sábado, 3 de novembro de 2007

Só ama quem conhece

Já me falaram muito de amor, já ouvi muito sobre amor. Em tempos de falta de confiança, de animosidades e barbarismos nas relações que se pretendem sérias, mas não o são face à desconfiança imperativa dos dias em que ninguém é de ninguém, os sentimentos que poderiam fluir livres são vilipendiados por falta de conhecimento do outro.
Está todo mundo tão preocupado com o que vai sofrer de decepção que se esquece de conhecer a pessoa com quem se deita. Parece que estranhos fazem sexo, se procuram e se dão, mas com reservas. Os corações vivem magoados, os olhos apertados como se quisessem perceber entrelinhas em tudo. Fuça-se orkut, monitora-se o celular, ‘hackeia-se’ a senha da caixa postal, intercepta-se a correspondência e vive-se o inferno na Terra ou em casa mesmo.
Se ele lhe trouxe flores, é porque aprontou alguma; se chegou mais cedo, foi para se redimir; se telefonou, foi porque se enganou ao discar; se dormiu e não ligou, deveria estar aprontando… vai ver que é mentira, vai ver que a pessoa não presta, vai ver que… que… que…
Por conta deste comportamento, muita gente tem demonstrado que não merece ser amada. Ou que tem medo de amar e por isso se protege, denegrindo diante de si mesma a imagem do outro. Amor é entrega e confiança, é respeito também. Ninguém está isento de ciúmes, ninguém está imune a uma insegurançazinha… mas trazer o dantesco para o cotidiano, isso é coisa lá dos infernos.
Em meio às neuras diárias, homem e mulher se perdem ao invés de se encontrar. Gastam o potencial de amar que possuem desacreditando, desconfiando, destruindo o que se poderia construir com afeto.
É uma pena.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

"Não sou freira nem sou puta" (Rita Lee)


Ela tinha unhas azuis e um resquício tardio de juventude. Por muito tempo tinha sido filha, irmã, esposa e mãe. Agora estava sozinha, sem pai, sem mãe, os irmãos com suas vidas, os filhos construindo seu rumo. Era preciso encarar de frente aquilo que sempre tentara ignorar. Fora jogada no palco,de repente, e precisava com urgência dizer alguma coisa que fizesse sentido na peça em que iria atuar dali pra frente. Então, mesmo tropeçando nas primeiras falas, descobriu, após algum tempo, que os outros atores que ali se encontravam, também não sabiam o texto de cor, aliás, não havia texto algum... estavam contracenando a prórpia Vida ...
Quem é você, afinal???
Diante de uma pergunta dessas, à queima-roupa, quando o vinho já fazia um efeito complicador da lucidez necessária para um tal questionamento, eu, como pedra de gelo na beira do rodapé, fui me desmanchando em um longo filete de água sobre o assoalho, que ,crescendo devagar, não tendo um declive a favor,avançava em ponta arredondada, exposta e indefesa, uma forma derivada daquela que parecia estar aprendendo a se sentir inteira, uma igual no mundo dos sólidos elementos. Mas não contava com o agente externo capaz de fazê-la desabar para a líquida e certa sensação de "ser menor" das fêmeas da raça humana, desde há muito marcadas no universo masculino como seres cuja sexualidade é um tanto "difusa", e que eles, por conveniência ou medo, sempre tentaram ignorar. Aprendi com meu avô , meu pai e meu irmão mais velho, a reconhecer que eles tinham nas mãos o poder de decisão, eles pagavam as contas, eles diziam sim ou não e eles passavam a chave na fechadura. É verdade que nunca fui muito bem mandada, apesar de minha aparente fragilidade. Por isso, dentro de mim então, ratificou-se a idéia de que se eu fosse "forte" como os homens, eu ficaria em posição de igualdade ou pelo menos não teria que mendigar nada a nenhum deles. Isso aparecia na prática como uma certa agressividade, onde, na minha adolescência, eu não permitia de forma alguma que qualquer um me "tocasse" mais intimamente. Aquele aparente recato era, na verdade, a defesa que encontrei para não ser submetida, nem merecer o desdém e não me sentir naquela maldita posição de inferioridade. Eu odiava aqueles rapazes em grupos que , eu estando sozinha, aproveitavam para dizer obcenidades. Eu odiei também aqueles senhores que não tiravam os olhos de mim quando cheguei aos onze, doze anos. Esta invasão masculina , onde ainda hoje homens conhecidos de minha família não se pejam de ficar encarando minhas filhas, onde precisamos nos esquivar de abordagens indesejadas, isto ainda me deixa muito assustada. Mas eu não sou freira. Não sou moralista de plantão. Não tenho vergonha do meu corpo e daquilo que ele pede. Mas também não sou puta. Não me entrego de forma banal, em qualquer cama. Fui casada por mais de vinte anos e tive por todo este tempo somente um homem na minha vida. E agora, sozinha, percebo que tive uma trajetória muito dura, trabalhei fora, tive filhos, cuidei de casa. E o que fiz de mim mesma? De repente, diante da possibilidade de algum relacionamento, percebo que ainda estou lá, ouvindo alguém me dizer que não casasse, que ia jogar fora minha juventude... vejo-me lá, recebendo uma carta a uma semana do casamento, da pessoa que eu mais tinha amado. Da qual eu tinha fugido assustada, pois sabia que se permanecesse, iria me prender ainda muito jovem. Não estávamos na época onde casamentos se desfaziam com facilidade. Mas o mais contraditório , é que os direitos masculinos existiam gratuitamente, sem eles terem conquistado isso com algum esforço ou merecimento. Dessa forma, ainda criança, eu percebia a boa fé de meu avô com vizinhos menos escrupulosos, a fraqueza de meu pai, diante da rapinice de seus irmãos, a covardia de meu irmão, quando um menino mais forte faltou ao respeito comigo e ele se calou. É certo que, mesmo sem eu elaborar em palavras diretas, tal contexto marcou toda a minha forma de ser. Então, quem sou eu afinal??? Sou tudo isso que acabo de contar, mas sei que aquele fantasma da fêmea inferior ainda me assombra a existência. E o grande entrave para deixar fluir esta mulher inteira, segura, passa pelo problema do toque. O toque de alguém que eu não veja como inimigo. E inimigo era aquele que, ao me ter em suas mãos, seria meu "superior" , aquele que ia dispor da minha vida ao descobrir que eu era "igual" às outras mulheres, podendo catalogar-me como mulher séria ou "vagabunda". E isso eu não podia permitir. Nenhum homem teria esta chance. Nenhum!! E ontem, estando "catalogada" pela forma como me apresentei por muito tempo a uma pessoa, eu, ao tentar alterar o rumo das coisas, acho que fui muito direta. De repente, aquela fêmea que era dócil, medrosa, que fugia ao contato mais direto, resolveu comentar um pouco sobre suas visões de intimidade, falar de suas não vivências, de formas de relacionamento desejadas e recebeu palavras questionadoras, até cruéis, incrédulas diante do fato de nunca ter tido experiências de sexo intenso, de noites inteiras de prazer, terminando com a pergunta " então, o que você faz nesta vida, minha cara??" Eu estou nesta vida, tentando desde há muito existir sem a ajuda de qualquer homem. Mas sendo humana, eu estou sujeita a amar um deles. E estou aprendendo muito ultimamente. Com eles. Muito. E com a pergunta," afinal quem é você?", ficou claro pra mim o quanto posso ser "perigosa". E de como isso pode assustar. A fêmea em sua inteireza, a que seduz, que descobriu seu valor real e que neste caminho, estará encontrando seu eixo, sua integridade esfacelada lá na infância distante. Um caminho para o passado, uma porta que se abre hoje pra mim, pois voltando ao ponto de partida tentarei consertar o que foi danificado e estarei de volta pronta para viver intensamente de igual para igual em qualquer relação e dona das chaves de todas as portas que me interessarem.
(Tania Orsi Vargas)

domingo, 28 de outubro de 2007

PARA ENCONTRAR A FELICIDADE




A felicidade, com certeza, é o artigo mais procurado neste mundo, mas parece ser muito complicado encontrá-la. Possivelmente, pode ser devido a maneira errada com que a maioria das pessoas a procura.Dizem mesmo, que a felicidade total não existe, é impossível. O que realmente existe são momentos felizes que recebemos da vida.Teoricamente, contudo, pode ser muito fácil travar conhecimento com essa utópica personagem.Basta compreender que o mundo não é para ser disputado palmo a palmo, como se fosse algo destinado a propriedade exclusiva, mas sim compartilhado, porque nele existe lugar para todos que queiram viver em igualdade.Deixando de lado a vaidade desmedida que nos leva ao desejo de ser "o centro das atenções", entenderemos que a humildade é privilégio dos grandes, e apenas os medíocres não sabem disso. Justamente por não disporem de um real discernimento, procuram passar uma imagem de superioridade, quando na realidade quem efetivamente tem méritos, os vê reconhecidos, sem aquela necessidade de "aparecer", que é apanágio dos vaidosos e vazios.Sempre deveremos aprender a respeitar as pessoas, as plantas e os bichos como obras da mesma Natureza que nos fez, para assim crescermos espiritualmente.Melhorando assim nosso modo de pensar, não pensaremos mais em criticar outras pessoas, deixando que cada qual leve a vida à sua maneira.Precisamos sempre nos convencer de que não somos os donos da verdade. Cada qual tem a sua. Há que se respeitar o livre arbítrio. É válida a troca de opiniões, ou uma crítica construtiva, quando solicitada. Sempre é perigoso apontar erros alheios, porque sempre existirá alguém para apontar os nossos.Existem outras maneiras para tentar alcançar a felicidade, e também para procurar espalhar um pouco dessa felicidade conseguida. Acompanhem o itinerário.Caminhar ao lado de um amigo, sempre faz bem, principalmente se ele estiver com problemas, e pudermos ajudá-lo na solução.Sorrir sempre que cumprimentamos alguém, ou sempre que tivermos oportunidade, pois sorrir faz bem e é econômico. Um sorriso espontâneo e sincero torna as pessoas mais bonitas e muito mais simpáticas. Não podemos nos esquecer disso.Falar sempre de coisas boas, procurando conhecer o lado bom das pessoas. É fácil apontar defeitos, mas vamos também e principalmente, falar das virtudes.Erros do passado, devem ser esquecidos, e nunca repetidos. Sempre em nossas eventuais quedas, é importante saber como nos recuperar do golpe, sem nos desesperarmos.Quando eventualmente perdermos a calma, é importante respirar fundo, recuperando o controle antes de fazermos algo de irremediável.Devemos nos esquecer da inveja e da ingratidão, que são sentimentos que apenas trazem amargura para a vida. Pessoas invejosas e ingratas nunca são bem vistas, e não conseguem boas amizades. Ninguém aprecia sua companhia.Bem, tudo isso, é uma questão de aprendizado, não acontecendo de forma repentina. Mas, vale a pena tentar, pois a vida sempre irá melhorar.Ao conseguirmos inserir em nossa vida a prática cotidiana dessas atitudes positivas, fatalmente iremos melhorar não apenas nossa imagem perante os outros, como também nossa auto estima. Ao nos sentirmos bem conosco, nossa vida irá melhorar e muito.Não faremos apenas a felicidade alheia, como também e principalmente a nossa.Nossa vida deixará de ser apenas um fardo a ser carregado, cada vez mais pesado, sempre acrescido das desgraças vividas. Poderá transformar-se numa gostosa e gratificante caminhada de recreio. Tudo depende de como encararmos a vida.Para encerrar, uma mensagem que foi passada por meu guru L’Inconnu:A maioria das pessoas procura a felicidade como um fim, não como um caminho. Talvez por isso ela se torne tão inacessível e tão rara.E com esse belo lembrete, desejo a todos UM LINDO DIA.

(Marcial Salaverry)

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Tudo Tem seu retorno ...




A miséria da alma não está instalada somente naqueles corações tristes e cruéis... Mas está instalada no orgulho, no descaso, na obediência de pessoas mesquinhas e inconscientes... Esses são os espíritos mais fracos, são bárbaros e ignorantes...São pessoas que se aproveitam da fraqueza do outro para mandar e se fazer obedecer ao qual esse deixa perdido e desorientado sua vítima. Todo espírito que vive cheio de ciúme e inveja, causando provocações, limitando e tocando o ponto fraco de sua vítima estará cada vez mais regredindo em sua evolução descendo cada dia um patamar a abaixo.Não adianta fugir do que já foi escrito no livro da vida. Nenhum mortal consegue mudar o que já foi traçado, se não pagar ou cumprir agora sua missão ficará em dívida, e a dívida da alma, não caduca ela dura até quando tudo estiver quitado. A Lei dos homens é cega, ignorante e estúpida...Mas a lei Divina, a Lei do Universo Espiritual a coisa muda de figura... A justiça de Deus. “Ela tarda, mas não falha jamais...” Não há poder maior que o poder de Deus e poder da nossa mente. Com mente podemos comandá-la tanto para bem como para o mal.Todo mal que você deseja a outrem, o Universo devolve-te em dobro. Tudo que fizer de ruim para alguém receberá sempre em dobro, da mesma forma quando usa de bondade. Lembre-se sempre dessas dez obrigações importantes para que não venha acontecer o mesmo com você e para que possa diminuir um pouco as tuas dívidas terrenas.Primeiro: Errou, peça perdão e se perdoe, se te pedires perdão, perdoa.Segundo: Não pise em ninguém, para não ser pisado.Terceiro: Não traía, para não ser traído.Quarto: Não minta, para não ser enganado.Quinto: Não brinque com os sentimentos de ninguém, para ninguém brincar com os teus.Sexto Não separe seus amigos dos seus amigos por ciúme ou inveja, para não que fique totalmente sozinho.Sétimo: Não provoque, para não ser provocado.Oitavo Não faça ninguém sofrer, para que seu sofrimento não seja maior do que dele.Nono: Não faça ninguém chorar, para não ficares com eternas lágrimas pelo rosto.Décimo: Não odeie, para não ser odiado... Procure amar sempre, tente, se esforce em amar aqueles que te machucam, te desprezam e que te detestam.Grave bem... Tudo Tem Seu Retorno... Pode ser ele, Bom Ou Ruim... Pois todo retorno depende de que a forma você tem levado a sua e agindo com as pessoas.